2007-01-08

Quente...


Quente... palavra ardente que dá sentido à frase, ou será mesmo quente dando sentido ao corpo.
O que será? Talvez apenas uma palavra que me desafie, que me faça desejar encontrar algo que me queime... Eu própria talvez.
Quente... onde me leva o inconsciente, o que me oculta e faz sonhar com um gosto salgado, fruto do prazer que desperta sentidos que me queimam a pele.
Quente... um corpo estranho que me toca, anulando razoes onde apenas o desejo impera, um encontro sem data, embriagante, carnal.
Quente... loucura sem fôlego dançada no mar, ousando... liberta.
Quente... ceder ao olhar sem erguer o pulso.
Quente... rasgar as páginas seguintes, fazer desse instante o real, sentir no corpo o domínio de uma entrega sem rodeios.
Quente... saber que me olhas, questionando cada letra...
Quente... Eu?

Em breves minutos uma palavra pode fazer as delicias de um pensamento e no mesmo tempo um exercício temperado do qual o super ego se encarrega. E assim, deliciada envolta num estado libidinoso onde um vulto se apodera de algo, sendo esse algo... Eu, só o meu inconsciente saberá cada pormenor... quente, talvez.
Um estado amarrado num prazer sentido, um encontro feito no segredo das palavras não escritas, onde a mente desenha ao som da música que só nós ouvimos... os corpos, esses reagem pela química do poder que lhe concedemos, ou não...



Sol
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